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Valor do dinheiro no tempo: como funciona?
Valor do dinheiro no tempo: como funciona?
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Escrito por Marielle Tavares
Atualizado há mais de uma semana

O dinheiro possui um valor ao decorrer do tempo, seja pessoal ou da nossa empresa. O dinheiro é uma soma de duas variáveis, é um par ordenado entre o dinheiro e a data em que estamos falando do mesmo.

É necessário realizar uma análise da seguinte forma: Esses R$100,00 que tenho hoje, valerá menos ou mais daqui um ano?

Não é possível se tomar de premissa que os R$100,00 hoje possuirá o mesmo valor que R$100,00 no ano que vem, por exemplo. Mas por qual razão isso ocorre?

Abaixo, estaremos abordando alguns fatores existentes, que fazem com que o valor do dinheiro se altere com o passar do tempo:

Consumo

O consumo da nossa sociedade é afetado com o tempo. Hoje um celular é super valorizado, pois tem um valor de mercado alto, já que possui uma demanda muito alta.

Há alguns anos atrás não existiam celulares, mas existiam os mini-games, por exemplo, que na época eram super valorizados e por isso eram muito caros. Somente os mais ricos podiam ter um desses.

Com o avanço da tecnologia, a demanda consequentemente aumenta, ganhando valor de mercado enquanto os produtos anteriores vão perdendo seu valor.

Sendo assim, um dos fatores que influenciam na variação do valor do dinheiro no tempo são as preferências de consumo da sociedade.

Inflação e deflação

A inflação é a perda do poder de compra, enquanto a deflação é o ganho do poder de compra.

Via de regra, o dinheiro ganha valor com o tempo, porém, vivenciamos, por várias circunstâncias, uma inflação crescente e como dificilmente ocorre, se houvesse a deflação o poder de compra aumentaria e o dinheiro ganharia valor com o tempo.

Como vivenciamos muito mais a inflação, consequentemente vivenciamos mais a perda de valor do dinheiro no tempo.

Custo de Oportunidade

Este fator está relacionado com o investimento alternativo que ocorrerá no futuro.

Se você investir o seu dinheiro hoje, terá resultados no futuro, só que antes de tudo é preciso analisar se o custo de oportunidade é maior que a deflação, porque se não for, não valerá a pena investir.

Geralmente as pessoas guardam o dinheiro, pois têm a sensação de que a nota de dinheiro não vale tanto quanto você investir em algo mais palpável e, dessa forma, obter o retorno dessa aplicação. Ou seja, o risco influencia no valor do dinheiro no tempo. Em 99% dos casos, 1 real hoje vale mais que 1 real amanhã.

Liquidez

A liquidez, nada mais é que a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem perdas significativas em seu valor.

Segue um exemplo a seguir:

Se dentro da sua organização, você dispor de R$10 mil reais e resolver comprar um maquinário, esse maquinário será pouco líquido e poderá vendê-lo amanhã, porém para que consiga vendê-lo e transformá-lo em dinheiro, irá perder muito valor de mercado. Dessa forma, se você pagou R$10.000,00 e depois precisa vendê-lo imediatamente, você precisa capitalizar, e pode ser que a venda resulte em prejuźo, recebendo propostas apenas de R$6.000,00 (exemplo). Com isso, terá uma perda de 30% a 50% do valor do maquinário.

Agora, vejamos de outra maneira: se você possui R$10.000,00 em sua conta corrente, o cenário se torna outro, pois possui liquidez absoluta; você consegue retirar os valores, realizar os pagamentos e até realizar alguns investimentos.

Ainda, se possui R$10.000,00 e o mesmo se encontra investido no banco (que não seja conta corrente), o qual requer 4 a 5 dias úteis para recuperar esse dinheiro caso tenha necessidade de retirar, terá uma liquidez muito boa, porém, terá a negativa de não ter o seus valores imediatamente quando precisar utilizá-los.

Sendo assim, dentro das nossas organizações precisamos entender qual é a liquidez de cada um de nossos ativos, quando falamos em ativo estamos se referindo: ao nosso prédio, maquinário, contas a receber e a pagar, o que temos em caixa etc, e desde aí precisamos trabalhar com o que realmente for líquido.

É importante entendermos que o dinheiro tem valor no tempo, que nossos ativos podem ter maior ou menor liquidez para que todos possam tomar decisões de forma a gerar melhores resultados na empresa.

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